25 julho 2007

Um crescimento notável, uma luta contínua.


Não é nenhum exagero dizer que a igreja contemporânea nunca foi tão desafiada nos seus esforços para manter um padrão bíblico como estamos presenciando. O aumento considerável dos cristãos em nosso país mostra que o trabalho desenvolvido por nossos irmãos no passado surtiu um belo efeito, na concepção de que todos nós somos frutos desta maravilhosa obra. Este crescimento nos chama para uma grandíssima responsabilidade de manter o nosso exemplo fiel: na Palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.

Mas será que isto verdadeiramente está acontecendo? Os ensinamentos de Cristo estariam perdendo espaço para shows, discursos políticos, apelos para “ofertas generosas” (Quem dá mais!) e muitas outras porcarias do gênero? A pregação do evangelho não seria mais a primazia?

Diariamente, somos bombardeados com falsas doutrinas por meio de charlatões que de alguma forma, exercem autoridade sobre determinados grupos evangélicos. As ofertas dos adeptos da teologia da prosperidade nunca viram os “negócios” funcionarem tão bem, há poucos dias, num dos maiores jornais brasileiros, um anúncio oferecia emprego para pastor. Era só o que faltava! Pastores ou lobos? O descrédito de alguns destes líderes chegou ao extremo, ao ponto de nos mostrar que o alerta profético do Antigo Testamento denunciava os “pastores” que desviavam as ovelhas do seu caminho; e ressaltar a passagem do Senhor quando Ele diz: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.” (Jo 10.11-12).

O que devemos fazer? Atacar ou defender? Desviar-se e nos ocultar? Abdicar nossos padrões e ética cristã? Não! A resposta esta na pregação da Palavra com consistência e reforçada pelo incentivo ao estudo da Bíblia, este um hábito que todo cristão intrépido deve trazer consigo – “Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1. 2 ). Devemos ser como os crentes de Beréia que recebiam a Palavra de bom grado e examinavam as Escrituras, conferindo se realmente a pregação de Paulo e Silas eram verdadeiras, assim demonstraram serem mais nobres que os de Tessalônica.

Não podemos continuar presenciando ventos de doutrinas arrastarem tantos irmãos de nossas igrejas, lançando-os em um abismo de trevas. Esta responsabilidade cabe a todos aqueles que entendem quanto tão importante é, crescer no conhecimento da Graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, amá-lo de todo nosso entendimento é o mandamento, e que para estarmos bem alicerçados precisamos de um alimento bem sólido. O que Cristo fez pela humanidade não tem preço!

A pregação e o ensino da Bíblia, corretamente interpretada, são crucias para manter uma igreja pura e vitoriosa.

“Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis”. I TIM 4.10


Eduardo Neves