24 junho 2008

Falta de unidade

Deus abençoa uma igreja unida. Muitas igrejas têm um enorme potencial, mas nunca alçam o que Deus deseja porque os membros gastam toda a sua energia enfrentando-se uns aos outros. Toda a energia é focada para dentro.

A Bíblia fala mais sobre unidade da igreja do que sobre céu e inferno. Igrejas são feitas de pessoas e não há pessoas perfeitas. Por isso, as pessoas entram em conflito umas com as outras. Os pastores precisam aprender como lidar com essas situações. Eles são chamados a fazer seis coisas quando a desunião ameaça a igreja.

1. Evitar as situações que provocam polêmica. A Bíblia diz em 2 Timóteo 2.23,24 (NVI): “Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que acabam em brigas. Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente”. Os pastores devem evitar provocar polêmica. Os líderes precisam ser exemplos para a igreja toda neste campo. Quando uma polêmica surgir, o pastor deve se recusar a se meter nela. Os líderes não precisam ter opinião sobre tudo. Algumas discussões não demandam sua participação. Converse sobre assuntos que importam.

2. Ensinar os criadores de caso a se arrependerem. A passagem de 2 Timóteo 2.25,26 (NVI) diz: “[O pastor] deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade”. Muitos pastores não gostam de confrontação. No entanto, não há como escapar delas. O pastor deve, com toda a gentileza, instruir aqueles que estão criando dissensão e se opondo ao ensino da igreja.

3. Avisar aos criadores de caso que suas palavras negativas estão ferindo outras pessoas. Em 2 Timóteo 2.14,16 (NVI) encontramos: “Continue a lembrar essas coisas a todos, advertindo-os solenemente diante de Deus para que não se envolvam em discussões acerca de palavras; isso não traz proveito e serve apenas para perverter os ouvintes. Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade”. As pessoas precisam saber que suas palavras têm conseqüências.

4. Fazer um apelo à harmonia e à unidade. Paulo fez isso em Filipenses 4.2 (NVI). Ele escreveu: “O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor”. Havia duas mulheres bem voluntariosas na igreja. Seus nomes eram Evódia e Síntique e estavam causando muita agitação na igreja. O apelo de Paulo para que elas se unissem aparece na Bíblia. Uma briga na igreja não afeta apenas os combatentes porque influencia a igreja como um todo, já que as pessoas acabam por escolher um dos lados. Assim como Paulo, às vezes o líder precisa fazer um apelo à unidade diretamente àqueles que estão causando problemas.

5. Repreender com autoridade, se necessário. Paulo diz em Tito 2.15–3.1:
É isso que você deve ensinar, exortando-os e repreendendo-os com toda a autoridade. Ninguém o despreze. Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom”. O pastor precisa confrontar a pessoa encrenqueira.

6. Tirar da igreja os encrenqueiros, se eles ignorarem as advertências anteriores. Tito 3.10,11 diz: “Quanto àquele que provoca divisões, advirta-o uma primeira e uma segunda vez. Depois disso, rejeite-o. Você sabe que tal pessoa se perverteu e está em pecado; por si mesma está condenada”. Nenhum pastor gosta de fazer isso, mas há situações em que o último recurso é tirar a pessoa da igreja. É dever do pastor proteger a unidade de sua igreja. Se isso significa livrar-se do criador de casos, faça-o.

A Bíblia ensina que, quando a igreja cresce, Satanás faz tudo o que pode para causar divisão. Mesmo gente bem intencionada, crentes inclusive, podem ser usados como instrumentos de Satanás para ferir o corpo de Cristo. Os pastores, como guias do povo de Deus, têm o dever de proteger suas congregações da maior ameaça de Satanás: a desunião. A tarefa do pastor não é fácil, mas ele é chamado a realizá-la.

Pr. Rick Warren - fundador da Saddle Back Church na Califórnia e autor do best-seller Uma Vida com Propósitos.

14 junho 2008

Profissão Pastor!


Tenho passado por momentos de reflexão, em que tenho saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando me lembro do passado, sinto saudades de amigos que nunca mais vi, saudades da minha infância, da escola; bons tempos que ficaram na memória e infelizmente não voltarão.

Cresci em meio a muitas emoções, muitas lágrimas percorreram minha face, dor e alegrias permearam minha história, sensações inexplicáveis; tempos que pareciam nunca acabar.

Recordo-me de minha avó pegando sua bíblia e indo à igreja. Lembro das diversas vezes que o seu pastor chamado Abraão a visitava buscando saber da vida de todos nós, eram tardes muito agradáveis, sempre recheadas de orações e conselhos a luz das Escrituras Sagradas.

Este pastor tinha todas as aptidões de um anjo do Senhor, até hoje minha avó diz: Um verdadeiro homem de Deus! Abraão morreu há 18 anos (com 102 anos), pregando a Palavra de Deus e pastoreando uma igreja em Rondônia. Ela (avó) relembra que mesmo distante ele ligava para saber como estava toda nossa família.

Neste ponto eu me questiono: Bem, em relação às memórias do passado a única coisa que me intriga é: porque os pastores de hoje em dia não são como os de antigamente?

O Pastorado hoje é ministério ou se transformou em uma profissão?

I Cor. 9:14 Diz: "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho".

Será que baseado neste versículo eles acham que esse VIVER seja relacionado ao MATERIAL... DINHEIRO... Tal viver, sendo profundamente analisado emite "existir, ter vida, comportar-se, portar-se, proceder, conservar-se do Evangelho... Propagar e viver o Evangelho em si... Teoria e Prática. Assim, como todos os "membros" da Igreja "VIVEM" do Evangelho, cabe o pastor também vivê-lo dessa forma... Pregar o Evangelho deve ser um ato de amor e não profissão.

Vejamos o que Paulo continua dizendo na mesma epístola e no mesmo capítulo:

“Mas eu de nenhuma destas coisas usei, e não escrevi isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória.
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!
E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.
Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho. I Cor 9:15 à 18”

Este pastor chamado Paulo não era PESADO para o rebanho de Cristo. Paulo trabalhava para seu sustento (fazia tendas)! “Ninguém vos engane”- diz o apóstolo Paulo - “com palavras persuasivas... e ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2. 4- 8)

Existem pastores que mesmo tendo eles um discurso religioso e toda uma aparência espiritual são “pastores que apascentavam a si mesmos sem temor; nuvens sem água, levadas pelos ventos; árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas.“ (Judas 1. 12)

A palavra MINISTÉRIO significa SERVIÇO, ou seja, nenhum ministro está lá para ser servido, mas sim para servir o povo.

Qual é a promessa de Deus aos seus serviçais (levitas, sacerdotes, pastores)?

*Tomamos por empréstimo Israel e o Velho Testamento. Originalmente, "levita" significa "descendente de Levi", que era um dos 12 filhos de Jacó. Os levitas começaram a se destacar entre as 12 tribos de Israel por ocasião do episódio do bezerro de ouro. Quando Moisés desceu do monte e viu o povo entregue à idolatria, encheu-se de ira e cobrou um posicionamento dos israelitas. Naquele momento, os descendentes de Levi se manifestaram para servirem somente ao Senhor (Êx 32:26). Daí em diante, os levitas se tornaram ministros de Deus. Dentre eles, alguns eram sacerdotes (família de Aarão) e os outros, seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas, tornou-se habitual separar os dois grupos. Seu serviço era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto (Números capítulos 3, 4, 8, 18). Cuidar da igreja e de Seu rebanho nesta viagem (vida) por este deserto (mundo).

Hoje muitos pastores não visitam mais as ovelhas!
Hoje muitos pastores não conhecem as pessoas que congregam em suas igrejas!
Hoje muitos pastores são como profissionais, só atendem em gabinete e hora marcada!Ou até por e-mail!
Hoje eles têm um “imenso” trabalho: 2 sermões semanais!
Hoje muitos pastores são coniventes (fingem-se de cegos) ao pecado de muitos para que o indivíduo não deixe sua “empresa” para o lucro não cair!

Tive o desgosto de conhecer vários destes que não tem coragem de se opor a iníquos dentro da igreja, que compram carros luxuosos (popular nem pensar), casas de milhares de reais, pagam faculdade de cinema para o filho ÍMPIO, dão uma vida de rei aos filhos ÍMPIOS (carros, casa e etc.) e muito mais.

É um verdadeiro Show do Milhão!!! Pastores Malaquianos a serviço deles mesmos!!!

Meus queridos existem milhares de irmãos nas “empresas” destes pastores que necessitam de ajuda (material & espiritual), e estes lobos só pensam neles próprios.

O povo de Deus é destruído, porque lhe falta o conhecimento!!! Povo este que tem medo destes devoradores que quando se sentem acuados, utilizam-se do púlpito e de seu microfone e abatem a ovelha desgarrada não tendo o mínimo de compaixão. Misericórdia eles tem de seus filhos ÍMPIOS e de seu bolso abastado.

Mas ainda escuto uma voz que me diz: “(...) E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” (Mt 24.11). (...) “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. (Mt 7.22-23)

"E também haverá entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresisas de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre sí mesmos repentina perdição. (...) E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas, (...) e a sua perdição não dormita” Mt 10.8;(Pe 2.1-3. Judas, 3-19).

Tenho muita saudade de uma época que não volta mais...

Eduardo Neves.

07 junho 2008